Karate Kid

Posted by Felipe C. | Posted in | Posted on 21:35

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Everything... is Kung Fu.

Algum tempo atrás havia surgido um boato da regravação do filme oitentista "Karate Kid: A Hora da Verdade", vários fãs não gostaram da notícia, já que a grande parte dos remakes têm uma qualidade bastante inferior à do original.
O boato foi ganhando solidez, quando o nome de Will Smith foi confirmado como um dos produtores do filme e, algum tempo depois, seu filho, Jaden Smith ("À Procura da Felicidade" e "O Dia em que a Terra Parou" que, coincidentemente, também havia sido uma regravação), foi confirmado como o protagonista da película.
O desgosto dos antigos fãs aumentou quando foi anunciado que seria um "Kung Fu Kid" e não um "Karate Kid", houve até uma tentativa para mudar o nome, mas acabou prevalecendo o mesmo do da franquia encabeçada por Daniel-san e o Sr. Miyagi, mais para trazer os fãs do antigo e despertar um interesse maior nas pessoas e, consequentemente, gerar mais lucro.
Então, surgiram aqueles "engraçadinhos" sempre com o mesmo cometário sem-graça:
-É um filme de kung fu ou karate?
Ou algo do tipo.
Começaram a julgar o filme sem nem ao menos terem visto um trailer, um featurette, um making of, sem terem visto absolutamente NADA. (Estou vendo o mesmo acontecer com "X-Men : First Class", que o pessoal já está metendo pau só por causa da escalação dos personagens).
Quer falar mau, fala, mas primeiro, vai assistir o filme!
Após esse desabafo (;p), vamos à trama:
A ideia central do remake é praticamente a mesma do original, um garoto (Jaden Smith) que se muda, é vítima de bullying, só que o seu agressor sabe bater de verdade, não é um simples amador, e para conseguir se defender é treinado por um velhote (Jackie Chan) para quem ninguém dava nada.
A principal mudança é a troca de estilos, como já mencionei, do karate para o kung fu. Outra grande alteração é a locação, em vez do personagem principal se mudar de Nova Jersey para Califórnia, ele se muda dos EUA para a China, tendo que vivenciar uma cultura TOTALMENTE diferente com a qual estava acostumado.
Apesar de ser um filme longo e se enquadrar no gênero família, "Karate Kid" (Idem, 2010, EUA/China) é ótimo na função a qual se destina: o entreterimento.
As cenas de ação são maravilhosamente coreografadas e o filme passa o espírito, a "moral" do kung fu, uma arte marcial destinada ao equilíbrio do ser humano e não como uma "arma de briga".
No filme existem os típicos problemas do gênero como algumas falhas de roteiro, clichês, alguns personagens caricatos e etc. Entretanto, a dupla principal (Smith e Chan) nos presenteiam com ótimas atuações. Jackie Chan consegue equilibrar sua veia cômica com a dramática, porém pendendo exponencialmente à esta, e Jaden Smith tem o grande talento da atuação e o carisma herdados do pai.
Devido ao grande sucesso nos cinemas americano, o filme já tem uma continuação garantida. Espero que não estraguem a história só para poder ganhar alguma graninha extra.
Se você quer uma maneira para passar o tempo, assistir "Karate Kid" é uma ótima opção, as cenas de luta vão te deixar sem fôlego (em especial as cenas do torneio no final do filme, sensacional!) e até agora não sei se aquele muleque realmente fez tudo aquilo ou se foram dublês CGI ou alguma coisa assim, se ele conseguiu mesmo fazer essa abertura total... sem comentários! :P



The Big C - 01x01 (Pilot)

Posted by Felipe C. | Posted in , | Posted on 19:51

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É inquestionável que a TV fechada dos EUA transmite seriados de qualidade bem superior aos da TV aberta (com raras exceções). A Showtime é um bom exemplo. Responsável por grandes sucessos como Dexter, Weeds, Californication, United States of Tara, The Tudors e Nurse Jackie, agora nos trás uma nova série que promete ser o mais novo sucesso do canal: The Big C.
Estrelado por uma das atrizes mais talentosas de Hollywood hoje, e que eu, particularmente, admiro muito: Laura Linney.
A trama lida com uma mãe do subúrbio (acho que a Showtime tem uma "tara" por locações em subúrbios) que após ser diagnosticada com câncer procura mudar o jeito de viver, encontrar alguma graça no meio da tragédia que vivem as pessoas que têm que lidar com a doença.
No episódio "Piloto" da série, nos deparamos com uma Cathy Jamison (Linney) ainda mergulhada na vida que sempre levou: uma pessoa sistematicamente chata, uma esposa chata, uma mãe chata, uma professora chata, uma irmã chata, uma vizinha chata. Passando por crise no seu relacionamento com o marido Paul Jamison (o excelente Oliver Platt), por dificuldades na criação do filho adolescente (Gabriel Basso) e até com problemas de relacionamento com  uma vizinha nenhum pouco amigável e com seus alunos, pauso aqui para realçar um diálogo antológico, já nesse primeiro episódio, protagonizado por Linney e por Gabourey Sidibe (a Precious de "Precious"): "You can't be fat and mean, Andrea".
Ao descobrir sobre sua doença, mas sem contar para ninguém, começa a refletir sobre a sua vida, sobre as atitudes que tem tomado, sobre cada momento, sobre cada segundo. Após uma conversa com seu irmão Sean (John Benjamin Hickey) e seu médico Dr. Todd Miller (Reid Scott) começa a se reestruturar, fazer cada minuto que lhe resta valher a pena, para que seja lembrada, para que deixe uma marca positiva na vida das pessoas pelas quais passou. E começa a receber "respostas" com certas atitudes, digamos, postivas que toma.
Esse primeiro episódio foi excelente, com ótimas doses de humor e uma pitada de drama. As atuações são soberbas, destacando, obviamente, Laura e Oliver. Acho que veremos esses nomes fácil fácil no Globo De Ouro e no próximo EMMY.
A transformação de Cathy já começa nesse primeiro episódio, mas tenho impressão que ela deve ter algumas recaídas nos próximos. A atitude que ela toma com o filho, já nos minutos finais, fez minha barriga doer de tanto rir.
Uma coisa que observei também, é que essa trama não dá espaço pra muitos episódios, meu único medo é que a Showtime prolongue demais o seriado e acabe perdendo o foco, como aconteceu e acontece com várias séries de tv.
Fora isso, o piloto trouxe uma ótima primeira impressão. Quem gosta de comédias e boas atuações, "The Big C" é um prato cheio.